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Saiba quais as drogas mais usadas no país

  • rpitoscia
  • 11 de ago.
  • 3 min de leitura

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O Brasil enfrenta hoje um cenário complexo no uso de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas. O álcool é, de longe, a substância mais consumida: cerca de 74% da população já usou em algum momento da vida. Seu uso é socialmente aceito, mas é responsável por cerca de 40% das internações por transtornos relacionados a substâncias, segundo a Fiocruz. É, portanto, a droga que mais causa problemas de saúde pública no país.

 

Depois do álcool, a maconha é a droga ilícita mais usada no Brasil. Estima-se que 7,7% dos brasileiros entre 12 e 65 anos já tenham experimentado ao menos uma vez. A popularização da cannabis, inclusive entre os mais jovens, levanta debates sobre prevenção, riscos de dependência e seus impactos na saúde mental.

 

Outras drogas que preocupam são os inalantes, como cola e solventes, usados por 5,8% da população, geralmente em faixas etárias mais jovens e vulneráveis. Os medicamentos usados sem receita, como calmantes (benzodiazepínicos) e analgésicos opioides, vêm logo em seguida, com uso entre 4% e 6% — muitas vezes por automedicação para insônia, dor crônica ou ansiedade.

 

A cocaína já foi usada por cerca de 3,1% da população brasileira, e o crack, embora menos comum (com uso estimado em 0,9%), representa um dos maiores riscos clínicos e sociais, especialmente em grandes cidades. O uso de crack tende a ser mais concentrado em situações de vulnerabilidade extrema, como em populações em situação de rua.

 

Um dado que acendeu um alerta recente é o avanço no uso de opiáceos, como o fentanil, um analgésico extremamente potente. Estima-se que 2,9% da população já tenha feito uso não supervisionado dessas substâncias — índice superior ao do crack. Os opioides, apesar de legalmente utilizados na medicina, podem causar dependência rápida e até morte por overdose, como já ocorreu em larga escala nos Estados Unidos.

 

Os números ajudam a entender onde estão os principais desafios. Álcool, maconha e medicamentos sem receita continuam liderando em consumo, mas cocaína e crack exigem atenção redobrada pelos danos sociais e à saúde. Já os opioides, mesmo com uso menor, estão em rota de crescimento perigosa.

Consumo no Brasil -- Principais drogas

 

 

Substância

Uso  (%)

Álcool

 74%

Tabaco

 44%

Maconha

 7,7%

Inalantes

 5,8%

Benzodiazepínicos / Opiáceos

 4 a 6%

Cocaína

 3,1%

Crack

 0,9%

 

Álcool: o maior problema de todos

 

Pode parecer surpreendente, mas entre todas as drogas — legais ou ilegais —, o álcool é o que mais destrói vidas no Brasil.

 

Mais de 70% da população já usou. Ele está presente em festas, casas, comemorações, mas também em leitos hospitalares, acidentes de trânsito, casos de agressão e tragédias familiares. Segundo a OMS e a Fiocruz, o álcool lidera em número de usuários, em mortes indiretas e em sobrecarga ao sistema de saúde. Isso acontece porque:

 

·       O acesso é fácil, inclusive por menores de idade.

·       Os efeitos são graves: doenças no fígado, câncer, transtornos mentais, violência e desemprego.

·       É uma droga socialmente aceita — o que dificulta o reconhecimento do problema.

 

E o que pode ser feito?

 

Não existe solução que resolva em um passe de mágica, mas sim um conjunto de estratégias que envolvem educação, regulação, tratamento e apoio social. As principais saídas são:

 

·       Educação desde cedo, com informações claras sobre os efeitos das drogas.

·       Controle da publicidade e da venda, especialmente para jovens.

·       Ampliação do acesso ao tratamento pelo SUS.

·       Campanhas permanentes para desconstruir o glamour do consumo.

·       Apoio à família e às redes comunitárias que atuam na prevenção

 

Falar sobre tudo isso com clareza, sem tabu, é parte da missão do site Você Tem Saída. A informação é o primeiro passo para a prevenção, o acolhimento e a recuperação de quem enfrenta o uso problemático de drogas.

 
 
 

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