O custo do alcoolismo no país

Beber parece algo comum no Brasil, porque está nas festas, nas confraternizações, no final de semana. Mas um estudo recente da Fiocruz mostrou que o consumo de álcool pesa , e muito, no bolso do país. Só em 2019, o custo total causado pela bebida alcoólica ficou entre R$ 10,1 bilhões e R$ 18,8 bilhões. Isso inclui gastos com internações, acidentes, aposentadorias precoces e até mortes que poderiam ter sido evitadas. E esse número provavelmente já é ainda maior atualmente.

Os especialistas chamam esses prejuízos de custos diretos e indiretos. Os diretos são os que aparecem no sistema de saúde: hospitalizações, atendimentos e remédios. Já os indiretos são mais difíceis de ver, mas causam grandes impactos: faltas no trabalho, aposentadoria por invalidez, mortes prematuras e perda de produtividade. O estudo também chama atenção para o aumento do consumo entre as mulheres e os jovens, o que preocupa muito porque o uso precoce aumenta o risco de dependência e doenças no futuro.

Mesmo com algumas limitações nos dados, os pesquisadores mostram que o problema é urgente. O álcool continua sendo a droga que mais mata e mais custa para o Brasil, e nem sempre aparece como vilão, por ser legal e socialmente aceito. Por isso, o estudo reforça a importância de políticas públicas que limitem o acesso, fortaleçam a prevenção e facilitem o tratamento para quem precisa. Afinal, combater o abuso do álcool é também uma forma de proteger vidas, economizar recursos e cuidar da saúde coletiva.