Mais drogas nas escolas: o que acontece?
- rpitoscia
- 11 de ago.
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Atualizado: 31 de ago.

Entre 2022 e 2024, o número de ocorrências envolvendo uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas nas escolas estaduais de São Paulo dobrou, passando de cerca de 4.800 para 9.500 registros. Já o consumo de drogas ilícitas teve um aumento ainda maior, de 123%, saltando de pouco mais de 2.000 para 4.655 casos. As informações foram trazidas pela coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo.
Essa escalada alarmante vem acompanhada de crescimento no bullying e reflete uma crise emocional entre os adolescentes, decorrente de problemas pós‑pandemia, excesso de exposição às redes sociais e instabilidade familiar. Especialistas alertam que a repressão isolada, sem programas de escuta e apoio, tende a afastar ainda mais os jovens, enquanto muitos professores se sentem despreparados para lidar com o tema.
Para enfrentar esse cenário, é urgente implementar políticas que vão além do controle disciplinar. Devem-se investir em educação emocional, programas estruturados de escuta e apoio psicológico nas escolas, e projetos que ajudam os jovens a traçar planos de vida positivos. A presença de orientadores, assistentes sociais e psicólogos em número adequado é essencial, medida que já está sendo reforçada na rede paulista, mas ainda é insuficiente.
Além disso, ações mais eficazes incluem capacitação de professores, promoção de espaços de diálogo e acolhimento, e envolvendo as famílias em conversas abertas sobre uso de substâncias. Só assim será possível evitar que essas crises nas escolas se transformem em problemas crônicos que afetam toda a sociedade.



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