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Por que mais mulheres abusam do álcool

  • rpitoscia
  • 11 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 31 de ago.


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Na década de 2010 a 2020, o Brasil registrou um aumento significativo do consumo abusivo de álcool entre mulheres. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e dados do Ministério da Saúde, o crescimento foi de 4,25% em uma década.


O mais surpreendente é indicado pela Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Segundo esse outro estudo, o maior crescimento foi registrado entre as jovens: o uso de álcool entre estudantes do sexo feminino passou de 20,6% em 2009 para 25,5% em 2019. Entre os meninos, os números também cresceram (de 19% para 26,2%), mas a curva de aumento entre meninas preocupa por revelar mudanças culturais e sociais importantes.


Entre os fatores, apontados por especialistas para essa triste estatística feminina, estão: mudanças sociais e culturais, maior autonomia da mulher, pressões no mercado de trabalho e desafios como dupla jornada e machismo podem levar as mulheres a buscar no álcool uma forma de lidar com o estresse. Além disso, fatores biológicos e a forma como o álcool é metabolizado pelo organismo feminino também influenciam a vulnerabilidade ao consumo abusivo. 


Prejuízo maior

O corpo da mulher absorve e processa o álcool de maneira diferente, o que aumenta os riscos sociais e à saúde mesmo em doses menores. Entre os principais danos estão:


  • Cirrose hepática

  • Câncer de mama

  • Infertilidade e complicações gestacionais

  • Riscos psiquiátricos: ansiedade, depressão, ideia suicida

  • Violência doméstica


As mulheres que abusam do álcool enfrentam mais julgamentos sociais, tendem a esconder o problema e, muitas vezes, buscam ajuda tarde demais. O crescimento do consumo abusivo de álcool entre mulheres exige respostas urgentes e políticas sensíveis às especificidades femininas.

Para minimizar o problema, especialistas defendem o treinamento dos profissionais de saúde para uma escuta acolhedora, criação de grupos terapêuticos voltados ao público feminino, maior veiculação de informações de qualidade e programas de prevenção e integração entre saúde mental e saúde da mulher.

 
 
 

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