Músicas
- rpitoscia
- 31 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: 31 de ago.

Daqui por diante – Nando Reis
Letra
Longe vai, ficou pra trás, passamos. Foi-se o caos, estou em paz. Acho que estamos. Nessa casa onde tudo começou. Nessa sala tudo se falou. Rimos e choramos. Nos desencontramos. Um mar tão perigoso. Atravessamos sãos.
Devagar vai voltar a confiança. Depois do horror do tsunami veio a bonança. Olhando para cada um de vocês. Gostaria de dizer agora. Perdoem minha a demora. Mas é nossa a vitória. Passo a passo, hora a hora. Um dia de cada vez. Só por hoje. Só o amor. Sara a dor.
Dói demais me lembrar da insânia. É com você que eu quero viver, Vânia. Certas coisas eu não posso consertar. Aquilo que ficou pra trás. Tudo está tão diferente. Vivendo o presente. A vida de vocês só está. Começando.
É Natal está chegando um ano novo. Nessas datas vocês sabem me comovo. Para todos eu desejo o melhor. Felicidade é ter vocês. Sempre ao meu redor. Sabendo que o pior passou. E que daqui por diante ficaremos bem. Juntos.
Essa canção nasceu no Natal de 2016, um marco para a sobriedade de Nando. Desde então ele parou de beber.
Em entrevista ao Canal Uol, o cantor afirmou que pretende viver até os 100 anos para recuperar o tempo que perdeu para o alcoolismo. Aos 62 anos, o cantor e compositor comemora nove anos de sobriedade e enxerga o que quer para o futuro: saúde, presença e propósito com o meio ambiente.
Vale muito pena assistir o depoimento de Nando Reis no YouTube, contando como escreveu essa música, nesse link:
A Montanha Mágica – Legião Urbana/ Renato Russo
Letra
Sou meu próprio líder, ando em círculos. Me equilibro entre dias e noites. Minha vida toda espera algo de mim. Meio sorriso, meia lua, toda tarde.
Minha papoula da Índia. Minha flor da Tailândia. És o que tenho de suave. E me fazes tão mal.
Ficou longe o que tinha ido embora. Estou só um pouco cansado. Não sei se isto termina logo. Meu joelho dói E não há nada a fazer agora.
Pra que servem os anjos? A felicidade mora aqui comigo. Até segunda ordem.
Um outro agora vive na minha vida. Sei o que ele sonha, pensa e sente. Não é coincidência a minha indiferença. Sou um cópia do que faço. O que temos é o que nos resta. E estamos querendo demais.
Minha papoula da Índia. Minha flor da Tailândia. És o que tenho de suave. E me fazes tão mal.
Existe um descontrole, que corrompe e cresce. Pode até ser, mas estou pronto pra mais uma. O que é que desvirtua e ensina? O que fizemos das nossas próprias vidas.
O mecanismo da amizade. A matemática dos amantes. Agora só artesanato. O resto são escombros.
Mais é claro que não vamos lhe fazer mal. Nem é por isso que estamos aqui. Cada criança com seu próprio canivete. Cada líder com seu próprio 38.
Minha papoula da Índia. Minha flor da Tailândia. Chega! vou mudar a minha vida! Deixar o corpo encher até a borda. Que eu quero um dia de sol num copo d'água.
A canção mostra a fragilidade e a clareza de quem enfrenta o vício. Traz mensagens realistas sobre o ciclo do uso e o desejo de mudança, sendo um exemplo de como a arte pode também ser instrumento para quem está em recuperação.
Com letra profunda e introspectiva, Renato faz uma analogia entre um vício (a “papoula da Índia”, “flor da Tailândia”) — possivelmente heroína ou outras drogas — e a tentativa de recomeçar: “Chega — vou mudar a minha vida / Deixa o copo encher até a borda / Que eu quero um dia de sol num copo d’água”
Ele reconhece o ciclo perigoso (“Existe um descontrole que corrompe e cresce”), mas há um chamado à renovação — "um dia de sol num copo d’água" — sinal de desejo de renascimento. A composição reflete a fase de transição, a dualidade entre prazer e sofrimento trazidos pelas drogas, e a busca de equilíbrio em sua vida.
O título faz alusão ao clássico de Thomas Mann, onde o protagonista vive anos num sanatório — reação à doença e isolamento, símbolos presentes na música. Ao que parece, Renato escolheu essa imagem porque viveu um “sanatório simbólico” na própria vida, lutando contra dependência e a depressão.
Ouça a música na plataforma de sua preferência.


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